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Bolívia: Brasileiros presos por exploração ilegal de ouro voltam ao Brasil

Brasília - Dos 31 brasileiros detidos desde quinta-feira (7/11) pelas autoridades bolivianas sob a acusação de exploração ilegal de ouro, 25 retornarão ao Brasil, quatro terão sua residência na Bolívia regularizada e dois responderão a processo por mineração ilegal. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, todos já estão sendo atendidos pelo consulado do Brasil. Dois deles, que estavam sem passaporte, já tiveram seus documentos provisórios emitidos.

Os garimpeiros estavam detidos na cidade de San Ignacio de Velasco, em Santa Cruz. A assistência está sendo prestada pelo Cônsul-Geral Adjunto do Brasil em Santa Cruz de la Sierra e da Cônsul Honorária do Brasil em San Ignacio.

Segundo a Agência Boliviana de Informação (ABI), o governo boliviano enviou forças militares a cerca de 15 minas de ouro na zona de Chiquitanía, localizada em Santa Cruz, com o objetivo de frear a exploração ilegal e o contrabando do produto. As suspeitas é que haja envolvimento de cooperativas nacionais e estrangeiras, e entre elas, estariam algumas empresas brasileiras.

A Agência para o Desenvolvimento das Macrorregiões e Zonas Fronteiriças (Ademaf) está desenvolvendo uma operação para marcar o domínio do Estado nas zonas periféricas da Bolívia. Desde quarta-feira (6), as Forças Armadas bolivianas controlam 56% do território do departamento de Santa Cruz, onde grupos de estrangeiros exploram ilegalmente ouro, madeira e pedras semipreciosas.