Atenas - Milhares de pessoas se manifestavam nesta quinta-feira (7/10), na Grécia, onde os assalariados realizam uma greve para protestar contra as medidas de austeridade do governo.
Em Atenas, os manifestantes estavam divididos ante a persistente desunião sindical, entre a passeata da Frente Sindical comunista Pame, o mais concorrido, e o organizado pela ADEDY, a central da Administração Pública, que reivindica 370 mil afiliados.
Além disso, cerca de mil pessoas se manifestaram em Salônica, no norte.
A Adedy convocou o protesto contra a revogação do memorando que fixa desde maio o plano de contenção da Grécia em troca do resgate financeiro pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Golpeados por cortes salariais, calculados em média de 15% pelo Governo, e em 25% por ADEDY, os 750 mil funcionários gregos temem ver-se muito prejudicados nos pagamentos.
A Adedy também denuncia o anteprojeto orçamentário para 2011, apresentado na segunda-feira, que prorroga das medidas de rigor.
A mobilização afeta o tráfego aéreo, pois os controladores de voo farão uma paralisação entre as 15h e as 19h local, o que já provocou cancelamentos e adiamentos de voos.
Mas a greve, a oitava lançada desde fevereiro contra o plano de contenção pela ADEDY, não paralisou o setor público e tanto em Atenas como em Salônica os colégios, serviços públicos e comércio funcionavam normalmente.