Caracas - O governo venezuelano tem "excelentes relações" com a Espanha e estas não poderão ser destruídas pela "direita espanhola", afirmou nesta terça-feira (5/10) o chanceler Nicolás Maduro, que denunciou uma "campanha de difamação" contra o presidente Hugo Chávez.
"Temos uma boa relação em todos os sentidos, não apenas no campo judicial ou policial, mas no energético, político e cultural. Excelentes relações", declarou o titular das Relações Exteriores ao canal venezuelano Venevisión.
"Não poderá esta direita espanhola obcecada com o presidente Chávez destruir estes laços que estamos dispostos a acrescentar", enfatizou Maduro, que denunciou uma "campanha de difamação" contra o governo venezuelano devido às recentes declarações de supostos membros do ETA.
Os supostos membros do ETA Juan Carlos Besance Zugasti e Xavier Atristain Gorosabel, detidos na semana passada na Espanha, indicaram em um interrogatório que participaram de "cursos de formação" em 2008 na Venezuela, segundo os autos do processo divulgados na segunda-feira que já foram enviados às autoridades venezuelanas.
De acordo com a Justiça, um dos instrutores foi Arturo Cabillas, suposto membro do ETA que reside na Venezuela desde 1989 em virtude de alguns acordos internacionais e já tem nacionalidade venezuelana.
Essas acusações foram rejeitadas na segunda-feira pelo governo de Chávez, que afirmou em um comunicado que "refuta e desmente qualquer afirmação que pretenda vinculá-lo à organização terrorista ETA, cujas atividades rejeita sem paliativos".