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Milhares de afetados pela segunda greve de metrô em um mês

LONDRES - Milhares de pessoas foram prejudicadas nesta segunda-feira (4/10) em Londres pela segunda greve do metrô em menos um mês. Diversas estações foram fechadas, o que provocou graves problemas no tráfego rodoviário na capital britânica.

A greve convocada pelos sindicatos de transporte RMT e TSSA começou neste domingo (3/10), quando milhares de empregados cruzaram os braços para protestar contra um plano da entidade que gerencia o transporte público (Transport for London (TfL)). A acusação é de que foram suprimidas 800 vagas de trabalho, principalmente nas estações.

Três das 11 linhas de metrô da capital estavam paradas, e as outras parcialmente afetadas, mas o TfL disse que 40% dos trens continuam circulando e que o serviço estava melhor do que durante a greve anterior de 7 de setembro.

"A paralisação de Londres prevista pelos líderes dos dois sindicatos não aconteceu", declarou Howard Collins, chefe das operações do metrô londrino, que registra normalmente 3,5 milhões de trajetos diários.

Inúmeras pessoas tiveram de enfrentar longas filas nas paradas de ônibus e de taxi para tentar chegar ao trabalho. Outras usavam barco, bicicleta, patinete ou se deslocavam a pé.

O prefeito de Londres, Boris Johnson, criticou a greve, classificando-a de "ataque político contra o governo". Ele disse que a capital virou refém dos grevistas.

Os sindicatos pediram que o primeiro-ministro, David Cameron, intervenha na disputa. Caso contrário, outras paralisações ocorrerão em novembro.