Quito - A rebelião policial dessa quinta-feira no Equador deixou quatro mortos e 193 feridos, informou nesta sexta-feira (1/10) o governo em Quito, após o violento tiroteio da véspera entre tropas leais ao presidente Rafael Correa e agentes rebelados.
"Temos quatro pessoas que faleceram por esta absurda violência provocada por um punhado de insensatos", disse o ministro do Interior, Gustavo Jalkh, à agência oficial de notícias Andes.
O ministro assinalou que, "lamentavelmente, confirmamos o falecimento de quatro pessoas: dois militares, um policial que protegia o presidente da República e um estudante (...) de 24 anos".
Segundo Jalkh, o governo decretou três dias de luto nacional.
O ministro da Saúde, David Chiriboga, informou que durante a rebelião 193 pessoas ficaram feridas, várias gravemente.
No mais grave incidente da revolta, tropas leais ao governo trocaram tiros com policiais rebelados que impediam a saída de Correa de um hospital, para onde o presidente foi levado após ser agredido nos arredores de um quartel tomado pelos revoltosos.
Após intenso tiroteio, militares e policiais leais ao governo resgataram Correa, que seguiu para o palácio presidencial.
Antes do incidente, partidários de Correa foram cercados por quase 100 policiais motorizados quando seguiam para o hospital, no norte de Quito, e atacados com bombas de gás lacrimogêneo, pedras e tijolos.
A rebelião foi deflagrada após a aprovação da lei que reduz benefícios salariais de policiais e militares.
Durante os protestos, policiais e militares assumiram o controle de diversos quartéis e das instalações da TV estatal do Equador, que parou de transmitir.
Os rebeldes também ocuparam a Assembleia Legislativa e o Aeroporto Internacional de Quito.