QUITO - O chefe da Polícia equatoriana, Freddy Martinez, afirmou nesta sexta-feira (1/10) que "as coisas voltaram a uma calma relativa", depois da ter renunciado em consequência de uma rebelião de agentes das forças de segurança que sequestraram durante doze horas o presidente Rafael Correa.
[SAIBAMAIS]Martinez confirmou que tinha apresentado sua demissão por ter fracassado em dissuadir os revoltosos. Ele considerou que as manifestações tiveram uma "infiltração de pessoas que tentaram desestabilizar a polícia" e pediu que o governo revise a lei aprovada na quarta-feira que reduz benefícios dos policiais.
"Um comandante não respeitado, maltratado e agredido por seus subalternos não pode permanecer no comando", disse o chefe da Polícia, acrescentando: "foi um dia lamentável, crítico, caótico, porque a segurança do presidente estava em jogo".
Rafael Correa apontou Lucio Gutierrez, ex-presidente derrubado em 2005, como um dos responsáveis pela "tentativa de golpe de Estado efetuada pela oposição e por alguns setores das Forças Armadas e da Polícia". Freddy Martinez será substituído pelo general Florencio Ruiz, segundo a agência de notícias estatal Andes.