La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou nesta quinta-feira (30/9) o governo dos Estados Unidos de apoiar o golpe de Estado contra o colega equatoriano Rafael Correa, em declarações concedidas à imprensa na Casa de Governo de La Paz.
"Como sempre os adversários políticos da América Latina, aliados do governo dos Estados Unidos, tentam acabar com mandatos; quando não podem com referendo, (tentam) com golpe de Estado. A história se repete", assegurou Morales.
Segundo Morales, aliado de Correa, "estavam coletando assinaturas para um (referendo) revogatório - que é o mais democrático -, (mas como) certamente já não se sentem capazes de revogar o mandato do presidente Correa, iniciam o golpe de Estado".
"Esta é uma tentativa de golpe contra a Alba e a Unasul", enfatizou Morales, referindo-se à Aliança Bolivariana das Américas e à União das Nações Sul-Americanas, bloco em que Correa ocupa a presidência interina. "Este é um golpe contra a Unasul da direita equatoriana com o apoio dos Estados Unidos", afirmou Morales.
O governo equatoriano decretou nesta quinta-feira estado de exceção frente a uma rebelião de policiais e de um grupo de militares, enquanto o presidente Correa permanecia em um hospital policial de Quito, onde se refugiou depois de ter sido agredido com bombas de gás lacrimogêneo por uniformizados revoltados com uma lei que reduz os benefícios.