Quito - Centenas de simpatizantes do governo equatoriano concentravam-se nesta quinta-feira (30/9) em frente ao Palácio de Carondelet, sede do Executivo em Quito, para expressar o apoio ao presidente Rafael Correa, que denunciou uma tentativa de golpe de Estado ao enfrentar uma rebelião policial e militar.
Membros do movimento governista Alianza País, assim como organizações indígenas e camponesas, continuavam engrossando a concentração na praça da Independência, no centro colonial da capital, em apoio à "revolução cidadã" liderada por Correa.
"Há uma vigília pela defesa da democracia e pelo companheiro presidente Correa", disse o secretário particular do presidente, Galo Mora, que junto a ministros e legisladores governistas mantém-se no terraço da casa de governo, onde se comunicam com partidários.
Mora completou que "cada vez se concentra mais gente para defender esse processo democrático" e assegurou que a popularidade de Correa, no poder desde janeiro de 2007, é de 78% em Quito e de 72% no populoso porto de Guayaquil (sudoeste).
"Essa grande maioria tem que vir a apoiar e receber o presidente", disse Mora aos manifestantes, em um discurso retransmitido em um telão gigante depois que o governo impôs que todos os meios de comunicação transmitissem o canal público de televisão.
Correa está em um hospital depois de ter sido "agredido" - segundo informou - por policiais em rebelião devido a uma lei aprovada na quarta-feira pelo Legislativo, que cortará os benefícios dos membros da força pública.