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Charges de Maomé: suspeito admite plano de atentado contra jornal

Um curdo iraquiano detido na Noruega, acusado de ter planejado um atentado com outros dois suspeitos, admitiu que planejava um ataque, provavelmente contra o jornal dinamarquês Jyllands-Posten, que publicou as polêmicas charges de Maomé em 2005, anunciou a polícia nesta terça-feira.

"Um dos suspeitos foi interrogado e, em seu depoimento, obtivemos uma confissão sobre planos de atentado terrorista", declarou à AFP Siv Alfen, porta-voz da Agência de Segurança da Polícia Norueguesa (PST), confirmando informações do jornal Verdens Gang (VG).

"Levando em consideração as declarações, tudo indica que o alvo era o jornal dinamarquês Jyllands-Posten", completou, em referência ao diário que publicou as polêmicas charges de Maomé em setembro de 2005.

Os chargistas e o jornal receberam várias ameaças de morte desde a publicação dos desenhos satíricos que provocaram uma série de protestos contra a Dinamarca no mundo muçulmano.

Em meados de setembro, a polícia prendeu em Copenhague outro suspeito, que, aparentemente, também planejava cometer um atentado contra o Jyllands-Posten. Segundo os investigadores, o homem pretendia enviar uma carta-bomba ao diário.

Para os técnicos da polícia, a carta tinha possibilidades de ferir mas não matar aqueles que abrissem o envelope.

A bomba caseira explodiu no dia 10 de setembro no banheiro de um hotel e deixou o autor levemente ferido.