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Índia e África do Sul devem entrar para o Conselho de Segurança da ONU

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (25), que a Índia e a África do Sul devem ser eleitas como membros provisórios do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo ele, será a primeira vez que o grupo Ibas (Índia, Brasil e África do Sul) estará completo no Conselho de Segurança.

;A Índia e a África do Sul devem ser eleitas para o Conselho de Segurança porque são candidatos endossados por suas regiões, mas temos de esperar formalmente a eleição. Acho isso uma coisa muito importante;, disse, após reunião com os ministros do grupo, em Nova York.

Durante reunião com o ministro de Assuntos Exteriores da República da Índia, S.M. Krishna, e o ministro das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Maite Nkoana Mashabane, Amorim destacou a importância da cooperação entre os três países.

;O Ibas nasceu da consciência de uma afinidade. Nós somos três grandes países em desenvolvimento, três democracias pujantes, vibrantes, três sociedades multiétnicas e cada uma em um continente. O [grupo] Bric [Brasil, Índia e China] foi criação do mercado, o Ibas foi uma criação do espírito, houve uma alta identificação entre nós;, afirmou o chanceler brasileiro.

Os ministros enfatizaram a importância da implementação dos compromissos assumidos pelos parceiros do Ibas em ajudar outros países em desenvolvimento a atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015. Eles também se comprometeram a reforçar a cooperação por meio do Fundo Ibas de Combate à Fome e à Pobreza.

De acordo com Amorim, a reforma do Conselho de Segurança também foi discutida entre os ministros. ;A consciência de que é preciso haver essa reforma está se tornando cada vez mais clara. O próprio presidente da Assembleia Geral [da ONU] tem dito isso. Países que não estão propriamente vinculados à reforma estão dizendo isso. Tenho uma expectativa de que esse ano vai ser um ano importante para a reforma do Conselho de Segurança;.

Anteontem (23), no discurso de abertura da 65; Assembleia Geral da ONU, o chanceler brasileiro já havia reiterado considerar necessária a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.