O presidente palestino, Mahmud Abbas, disse neste sábado (25/9) nas Nações Unidas que "Israel deve escolher entre a paz e a colonização", a poucas horas do fim da moratória sobre a construção de residências judaicas na Cisjordânia.
Abbas denunciou igualmente a "mentalidade de expansão e de dominação" de Israel, mas afirmou que "nossas mãos feridas ainda são capazes de segurar um ramo de oliveira".
A moratória sobre a colonização judaica na Cisjordânia, decretada há 10 meses, termina neste domingo, mas palestinos e o governo dos Estados Unidos pedem sua prorrogação.
A medida se aplica às colônias da Cisjordânia ocupada, onde vivem cerca de 300 mil israelenses, mas não envolve as milhares de obras já iniciadas ou a construção de prédios públicos.
A moratória não vigora em Jerusalém Oriental.
Os Estados Unidos defendem a prorrogação de três meses da moratória, tempo necessário para se chegar a um acordo sobre as fronteiras, fórmula apoiada pelos negociadores palestinos.
Um alto funcionário israelense disse na sexta-feira que Israel está "disposto a chegar a um compromisso aceito por todas as partes", mas descartou a eliminação total de novas construções nas colônias.
Abbas se reunirá hoje, em Nova York, com o enviado americano para a paz no Oriente Médio, George Mitchell, para analisar a questão do fim da moratória.