Pequim - Pequim pediu, este sábado, que Tóquio se desculpe pela detenção do capitão de um pesqueiro chinês no Japão, no começo de setembro, perto de ilhas cuja soberania é disputada pelos dois países, e que foi libertado na sexta-feira, o que o governo japonês descartou.
"A parte japonesa deve apresentar desculpas e (propor) uma compensação por este incidente", insistiu o ministério chinês das Relações Exteriores em um curto comunicado.
A detenção do capitão chinês "violou a soberania territorial da China e os direitos humanos dos cidadãos chineses", acrescentou o texto.
Mas o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores japonês rejeitou este pedido "sem fundamento".
"Isto não pode ser aceito de forma alguma", declarou Satoru Sato em um comunicado.
O caso provocou o pior incidente diplomático sino-japonês desde 2006, apesar das tentativas japonesas de gerir a contenda "tranquilamente".
O capitão chinês foi libertado na sexta-feira após a decisão de um promotor de Okinawa (sul do Japão), que ressaltou que "levando em conta as consequências para a população japonesa e para as relações entre o Japão e a China, consideramos inútil manter o capitão detido".
O marinheiro Zhan Qixiong estava nas mãos das autoridades japonesas desde 8 de setembro, após a apreensão de seu pesqueiro, que colidiu contra dois barcos patrulha japoneses perto de ilhotas no Mar da China oriental, chamadas Senkaku em japonês e Diaoyu em chinês e controladas de fato por Tóquio.
Japão, China e Taiwan disputam a soberania destas ilhas.