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Amorim busca apoio para reforma do Conselho de Segurança da ONU

Brasília ; Em defesa da reforma urgente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tem uma reunião marcada para esta sexta-feira (24/9), em Nova York, com outros interessados na mesma proposta. No fim da tarde, Amorim se reúne com os chanceleres do Japão, da Índia e da Alemanha. A ideia é intensificar a campanha em favor da ampliação do órgão.

Ontem, o ministro reiterou a necessidade de mudanças na estrutura do Conselho de Segurança. ;O conselho deve ser reformado para permitir a participação de países em desenvolvimento. Não se pode discutir a portas fechadas temas que interessam a todos;, afirmou Amorim, na abertura da 65; Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

A atual estrutura do Conselho de Segurança é a mesma desde sua criação, em 1945, logo depois da 2; Guerra Mundial. No total, participam 15 países ; dez ocupam assentos provisórios, por até dois anos, e cinco são permanentes.

A principal proposta em discussão é incluir no órgão, entre os integrantes permanentes, mais dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África. Atualmente, são integrantes permanentes do conselho os Estados Unidos, a Rússia, a China, a França e a Inglaterra. Já o Brasil, a Turquia, a Bósnia Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, a Áustria, o Japão, o México, o Líbano e Uganda são integrantes provisórios do órgão.

Responsável por decisões que vão desde a autorização de intervenção militar em um dos 192 países-membros da ONU até sanções, o Conselho de Segurança recentemente demonstrou sua força. Em 9 de junho, por aprovação da maioria, o órgão determinou uma série de sanções ao Irã por desconfiar que o programa nuclear desenvolvido no país é suspeito de produção de armas atômicas.

O Conselho de Segurança também tem poderes para analisar sobre a necessidade de envio e a permanência de militares das missões de paz das Nações Unidas em áreas ameaçadas, caso ocorram conflitos ou crises políticas.