Nova York - O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, sugeriu nesta quinta-feira (23/9), na Assembleia Geral das Nações Unidas, que os atentados de 11 de setembro de 2001 foram um "complô" dos Estados Unidos, provocando a saída imediata da sala das delegações americana, britânica e da União Europeia.
Ao mencionar uma das "teorias" sobre os atentados do 11 de Setembro, Ahmadinejad disse: "certos setores no governo americano orquestraram o atentado para reverter a queda na economia americana e no seu controle sobre o Oriente Médio, e para salvar o regime sionista".
"A maior parte do povo americano e outros países e políticos concordam com este ponto de vista".
Citando uma segunda teoria, o presidente iraniano acrescentou: o atentado "foi realizado por um grupo terrorista, mas com o apoio do governo americano, que tirou vantagem da situação".
A terceira teoria é a que "um grupo terrorista muito poderoso e complexo, capaz de enganar todas as camadas dos sistemas de inteligência e de segurança" dos Estados Unidos, realizou o atentado.
As declarações de Ahmadinejad provocaram a imediata saída das delegações americana, britânica e da União Europeia do plenário.
Os Estados Unidos qualificaram as palavras de Ahmadinejad de "detestáveis e delirantes".
"Antes de representar as aspirações e a boa vontade do povo iraniano, Ahmadinejad decidiu, novamente, tagarelar sobre teorias de complô vis e usar palavras antissemitas que são detestáveis e delirantes", destacou Mark Kornblau, porta-voz da delegação americana na ONU.
Um diplomata europeu explicou que as delegações europeias abandonaram a sala em solidariedade aos Estados Unidos.