Haia - A prisão do antigo chefe militar dos sérvios da Bósnia Ratko Mladic, procurado por genocídio e crimes de guerra, é "prioridade" para a justiça internacional, disse nesta segunda-feira (20/9) o promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) para a ex-Iugoslávia, Serge Brammertz.
"Não prender Mladic seria o pior dos sinais para a justiça internacional" e para "os que ainda estão foragidos", declarou o promotor à AFP, durante uma entrevista à imprensa estrangeira em Haia.
A questão da prisão de Mladic, acusado principalmente de genocídio, "supera a esfera do TPI", acrescentou. "Isso quer dizer que, com o tempo, ele pode escapar da justiça internacional", advertiu.
A prisão de Ratko Mladic é "a prioridade número um" do gabinete do procurador, lembrou Brammertz.
Ratko Mladic, de 68 anos, está foragido da justiça internacional desde seu indiciamento em 1995 por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade durante a guerra da Bósnia (1992-95), sobretudo, por sua participação no massacre de cerca de oito mil homens e adolescentes muçulmanos em Srebrenica.
Seria "incrível" que Ratko Mladic não fosse julgado, disse Brammertz, afirmando que isso seria "um desastre para as vítimas".