Estocolmo ; O primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, vencedor das eleições legislativas deste domingo (19/9), mas sem maioria no Parlamento, reafirmou que descarta qualquer colaboração com a extrema-direita e que buscará uma aliança com os Verdes.
A coalizão de centro-direita liderada por ele obteve, segundo resultados definitivos, 172 assentos de 349 (49,2% dos votos), perdendo por três cadeiras a maioria absoluta.
O bloco de esquerda formado pelos Social-democratas de Mona Sahlin, os Verdes e o Partido de Esquerda (ex-comunista) obteve 157 assentos (43,7% dos votos).
Estas eleições foram marcadas pela entrada histórica da extrema-direita dos Democratas da Suécia no Parlamento, com 20 assentos, o que os deixa em posição de bloqueio parlamentar.
"Este não é o resultado que eu desejava para estas eleições", declarou Reinfeldt, referindo-se ao resultado da extrema-direita e à perda de sua maioria no Riksdag, já que seu bloco havia obtido 178 cadeiras nas eleições anteriores.
Mas ele reiterou sua oposição a qualquer compromisso com a extrema-direita.
"Fui claro... Não vamos cooperar ou ser dependentes dos Democratas da Suécia", afirmou.
O chefe de governo sueco disse que vai buscar o apoio necessário entre os deputados Verdes, membros da coalizão de esquerda. Como última alternativa, ele poderá convocar novas eleições, segundo analistas.
Cerca de sete milhões de eleitores foram convocados às urnas neste domingo.