Washington - A estrela pop americana Lady Gaga postou no Twitter uma mensagem destinada ao Senado americano para pedir que os políticos atuem para anular a lei que obriga os homossexuais que servem o Exército a esconder a orientação sexual.
A cantora de 24 anos manifesta-se sobre o tema no momento em que o Senado americano se prepara para examinar na próxima semana um vasto projeto de lei de finanças da Defesa que inclui uma emenda que estabelece o fim da lei "Don;t ask, don;t tell" (não pergunte, não fale).
Esse texto adotado em 1993 obriga os militares homossexuais a esconder a orientação sexual diante da possibilidade de serem expulsos do Exército americano.
Em uma mensagem com mais de sete minutos, a cantora aparece em um vídeo em preto e branco, com roupa preta e uma bandeira americana ao fundo. O vídeo também é divulgado no site da estrela, considerada um ícone gay.
Ela manda uma mensagem, primeiro, aos senadores republicanos John McCain, Mitch McConnell, James Inhoffe e Jeff Sessions, que votaram contra o texto, e depois se volta para os "compatriotas americanos" e para o Senado dos Estados Unidos.
Ela afirma que várias associações de defesa dos militares homossexuais provaram "a aplicação constitucional incoerente e anticonstitucional desta lei".
"Os soldados gays tornaram-se alvos", assegura Lady Gaga. "Estou aqui para ser uma voz para a minha geração, não a geração dos senadores que votam, mas para a geração afetada por esta lei, e cujos filhos serão afetados", acrescenta a cantora. "Senadores, quando vocês enviam nossos homens e mulheres à guerra, quando vocês enviam nossas esposas, maridos, filhos e filhas ao combate, vocês vão honrá-los? Vocês apoiarão a suspensão desta lei na terça-feira?", lança ela.
Ela pediu então que os americanos telefonem para os senadores para pedir a eles que revoguem a lei. Lady Gaga concluiu a mensagem fazendo um apelo aos senadores para que se oponham à "obstrução escandalosa de John McCain".
O líder da maioria democrata, Harry Reid, deve iniciar os debates na próxima semana em sessão plenária, quase quatro meses depois de ter passado pela Câmara dos Representantes.