Brasília ; O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, desembarca nesta sexta-feira (17/9) em Havana (Cuba), onde fica até domingo (19/9). Em seguida, vai para Nova York (Estados Unidos) participar da 65; Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Amorim tem reuniões marcadas com o presidente cubano, Raúl Castro. O objetivo é intensificar as relações bilaterais.
A visita de Amorim ocorre no momento em que o governo cubano anunciou o corte de mais de 500 mil empregos no setor público como alternativa para driblar as dificuldades econômicas no país. Pela primeira vez, as autoridades autorizaram a ampliação de concessão para atividades privadas, como comércio e serviços de táxi.
O chanceler brasileiro chega a Cuba dois dias depois de o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, acusar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de reforçar o embargo econômico imposto ao país desde 1962. Segundo o chanceler, há 48 anos sob severas restrições, Cuba acumulou no período prejuízo de US$ 751,3 bilhões.
Parrilla se queixou de que o embargo impede Cuba de ;exportar e importar; bens e serviços livremente. De acordo com ele, o país têm limitações para negociar utilizando o dólar como moeda, assim como não pode usar bancos estrangeiros nem acesso ao crédito de instituições norte-americanas.
O cubano disse ainda que é ilusão imaginar mudanças a curto prazo nas relações entre os Estados Unidos e Cuba. Para Parilla, os atos determinados por Obama ;violam os padrões internacionais básicos;. Ele se referiu à manutenção do embargo mesmo com a recomendação das Nações Unidas para a suspensão das restrições.
Em 2009, representantes de 187 países, durante sessão da ONU, apoiaram Cuba e rechaçaram a manutenção do embargo ao país. Autoridades que participarão da próxima Assembleia Geral das Nações Unidas informaram que o tema novamente entrará na pauta das sessões, que começam no próximo dia 23.