Lorient - O grupo de construção naval francês DCNS, que fabricará cinco submarinos em cooperação com a Marinha brasileira, inaugurou nesta quinta-feira (16/9) em Lorient (oeste do país) uma escola de desenho de submarinos como parte de um acordo de transferência de tecnologia para o Brasil.
O contrato de 6,7 bilhões de euros (US$ 8,765 bilhões), um dos mais importantes assinados pela DCNS, prevê a fabricação de quatro submarinos convencionais, um submarino nuclear de ataque (SNA), uma base de submarinos e um estaleiro que estará pronto em 2012 em Sepetiba, no estado do Rio de Janeiro.
"É um contrato enorme. Trata-se de construir um pequeno Cherbourg e uma pequena ;le Longue", em referência à base de construção de submarinos de propulsão nuclear perto de Brest, no oeste da França, declarou o diretor da divisão de submarinos do DCNS, Pierre Quinchon.
No momento, em torno de 30 engenheiros navais brasileiros estão participando de um curso de 18 meses para a construção de submarinos na nova escola de desenho instalada na DCNS Lorient, como parte do acordo de transferência de tecnologia.
A venda foi fechada em setembro de 2009, durante uma viagem do presidente francês, Nicolas Sarkozy, paralelamente às negociações ainda em curso entre França e Brasil sobre o fornecimento de 36 caças para a FAB, pela Dassault.
O primeiro submarino convencional (70m de comprimento), cuja fabricação começou na fábrica da DCNS em Cherbourg com a participação de 130 engenheiros e técnicos brasileiros, será concluído em Sepetiba em 2012, onde outros três navios serão construídos.
Os submarinos convencionais deverão estar prontos em 2017.
O futuro SNA brasileiro, também construído em Sepetiba, deve estar em funcionamento em 2025.