Washington - Pela primeira vez na história dos Estados Unidos, há mais mulheres com doutorado que homens no país, o que confirma uma tendência que vem se manifestando há vários anos para uma feminização dos discentes.
"Pela primeira vez na história, as mulheres são maioria nos doutorados", explicou à AFP Nathan Bell, principal autor do estudo anual da organização Council of Graduate Schools, especializada em ensino superior.
No conjunto dos títulos de doutor concedidos no ano acadêmico 2008-2009 nas universidades americanas, 28.962 foram obtidos por mulheres (50,4%), o que representa 493 títulos a mais que os 28.469 obtidos pelos homens (49,6%).
"Era algo que já se via, há algum tempo, ao observar o que acontecia no nível de diplomas inferiores: o crescimento era muito mais forte entre as mulheres do que entre os homens", disse Bell.
Segundo o autor, desde 1986 há mais mulheres com mestrado do que homens nos Estados Unidos. No ano passado, elas obtiveram pelo menos 60% dos títulos de mestrado concedidos, destacou o estudo, que reuniu estatísticas de 800 universidades americanas.
Nos Estados Unidos, os doutorados são obtidos após uma média de sete anos de estudo, os mestrados com seis e as licenciaturas, com quatro.
A disparidades apareceram no que diz respeito aos campos de estudo. Naqueles destinados ao ensino (idiomas, geografía...) - áreas em que se concede a maioria dos doutorados -, as mulheres são ampla maioria (67,3%), assim como no campo da saúde (70,2%).
As mulheres também dominam as artes e as letras (53,2%), a administração (61,5%) e as ciências sociais (59,6%).
Já os homens são maioria em outras áreas, como o setor de negócios (60,5%), matemática e ciências informáticas (73,2%), ciências físicas (66,6%) e engenharia (78,4%).