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Cuba critica Obama por endurecer embargo e não flexibilizar viagens

Havana - Cuba afirmou nesta quarta-feira (15/9) que o presidente americano Barack Obama ficou abaixo das expectativas de mudanças em relação a ilha por ter endurecido o embargo e não ter flexibilizado as viagens à ilha.

"Obama falou de um novo começo com Cuba, falou de mudar a relação (...). Há um vazio, um abismo, uma contradição essencial entre o discurso do presidente Obama e seus atos", afirmou o chanceler Bruno Rodríguez.

Rodríguez apresentou ante à imprensa o relatório anual da chancelaria às Nações Unidas sobre o embargo e afirmou que, desde 1962, essa política prejudica a ilha em US$ 100,154 bilhões.

O chanceler admitiu que Obama não pode derrubar o embargo, mas pode aplicar as faculdades que lhe concede a Constituição, no entanto, ao contrário, em dois anos de presidência, aplicou mais multas que o antecessor republicano George Bush a companhias e bancos que negociam com a ilha.

Obama também não flexibilizou as viagens de acadêmicos, artistas, religiosos e esportistas, como também o fez o democrata Bill Clinton, e menos ainda permitiu que os cidadãos americanos façam turismo na ilha, afirmou Rodríguez ao referir-se a uma iniciativa que transita no Congresso americano.

"Não concebo que o presidente Obama, sendo um político inteligente e honesto, não compreenda que o bloqueio afasta os Estados Unidos de seu interesse nacional (...), do povo americano", destacou Rodríguez.

O informe sobre o embargo recebeu, em 2009, o apoio de 187 países nas Nações Unidas, frente a duas abstenções e três votos contra: Estados Unidos, Israel e Palau.