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Fome custa US$ 450 bilhões a países pobres anualmente diz agência humanitária

Os efeitos da fome custam aos países em desenvolvimento 450 bilhões de dólares por ano, advertiu a agência humanitária ActionAid, às vésperas de uma reunião da ONU sobre desenvolvimento.

A advertência sobre o alto custo está em um novo relatório da ActionAid, que explica como a fome afeta as finanças destas nações.

A redução da produtividade do trabalhador, a saúde ruim e as perdas em educação provocadas pela desnutrição afetam algumas das nações mais pobres do mundo.

"Combater a fome agora será 10 vezes mais barato que ignorá-la", afirmou a presidente da ActionAid, Joanna Kerr.

O informe, que analisa os esforços para reduzir a fome em 28 países em desenvolvimento, ressalta que a maioria fracassa nos esforços para reduzir à metade a fome até 2015.

Esta foi uma das Metas do Milênio, apresentadas em 2000 e que serão estudadas em uma reunião da ONU, em Nova York de 21 a 23 setembro.

República Democrática do Congo, Burundi, Serra Leoa, Paquistão e Lesoto são os países em pior situação nos esforços para reduzir a fome, de acordo com a ActionAid.

A falta de investimentos em agricultura e desenvolvimento rural e os escassos direitos legais aos alimentos nos países pobres, assim como o pouco apoio recebido pelas comunidades agrícolas quando perdem as colheitas, são os fatores que contribuem para o problema.

Os países que lideram a classificação da redução da fome da ActionAid são Brasil, China, Gana, Malauí e Vietnã.