O Japão libertou nesta segunda-feira (13/9) os 14 tripulantes de um pesqueiro chinês capturado semana passada, mas manteve o detido capitão da embarcação, apesar dos protestos da China, onde o problema virou uma questão de honra nacionalista.
O incidente diplomático está centrado em uma série de pequenas ilhas no Mar da China Oriental, onde segundo Tóquio o barco chinês estaba pescando de maneira ilegal na semana passada. Quando recebeu a ordem de abandonar a área, o pesqueiro bateu em duas patrulhas da guarda costeira nipônica.
Desde a prisão do capitão do pesqueiro, quarta-feira da semana passada, a China convovocou o embaixador do Japão quatro vezes.
Nesta segunda-feira, a China voltou a exigir que o Japão liberte imediatamente o capitão, Zhan Qixiong, de 41 anos, por considerar a prisão ilegal.
"Todo o povo da China condena o comportamento ilegal japonês com apenas uma voz e encarna plenamente a vontade incondicional e a determinação do governo e do povo chineses de defender a soberania nacional e a integridade territorial", declarou a porta-voz da chancelaria chinesa, Jiang Yu.
As pequenas ilhas desabitadas na área do incidente - chamadas de Senkaku em japonês e Diaoyu em chinês -, reivindicadas pelos dois países, ficam onde aparentemente existem grandes reservas de energia no mar, o que provoca um clima de tensão.