Bruxelas - A União Europeia (UE) estuda oferecer na próxima semana uma ajuda comercial ao Paquistão, com o objetivo de fazer frente aos efeitos devastadores das recentes inundaçõs, que poderiam provocar um fortalecimento do fundamentalismo islâmico, indicaram neste sábado (11/9) dirigentes europeus.
"Se queremos estabilizar o Paquistão de forma que não degenere para o extremismo e o fundamentalismo, temos que nos ocupar das consequências econômicas desta catástrofe natural", argumentou Guido Westerwelle, ministro alemão das Relações Exteriores, durante uma reunião informal com os pares europeus em Bruxelas.
"É de interesse vital e estratégico para a UE ajudar o Paquistão a longo prazo na questão comercial", afirmou o ministro britânico William Hague, dizendo confiar em um acordo dos 27 países membros do bloco na próxima cúpula europeia, na última quinta-feira.
Depois da série de inundações que afetou 21 milhões de paquistaneses, matando 1.760 pessoas, Catherine Ashton, chefe da diplomacia da UE, propôs a criação de exceções alfandegárias para a importação de determinados produtos paquistaneses, principalmente têxteis.
Segundo fontes do bloco europeu, um acordo como o sugerido poderia gerar uma receita anual de até 25 milhões de euros para o Paquistão.