Nova York - Uma série de cerimônias solenes no Marco Zero, em Nova York, no Pentágono, em Washington, e no local onde caiu o quarto avião sequestrado pelos terroristas, na Pensilvânia, marcou neste sábado (11/9) os nove anos dos atentados de 11 de setembro de 2001, em um clima de tensão.
"Os Estados Unidos não estão e jamais estarão em guerra com o islã", afirmou o presidente Barack Obama, ao abrir a cerimônia do Pentágono, onde depositou uma coroa de flores brancas em memória das 184 pessoas que morreram quando um dos aviões atingiu a sede do Departamento da Defesa americano.
Na principal solenidade de Nova York, o vice-presidente Joseph Biden e o prefeito Michael Bloomberg participaram do rito anual da leitura dos nomes das 2.753 pessoas mortas no ataque às torres gêmeas do World Trade Center, atingidas por dois aviões.
A cerimônia teve início com um coro de jovens, que cantou o hino nacional em pleno Marco Zero, onde os trabalhos de reconstrução começam a tomar corpo. Muito emocionados, familiares das vítimas exibiam cartazem com fotos dos entes queridos mortos no ataque. "Não viemos para chorar, mas sim para relembrar e reconstruir", declarou Biden.
Uma terceira cerimônia ocorre em Shanksville, na Pensilvânia, onde caiu o voo 93 da United Airlines, cujo alvo até hoje é desconhecido. Informados por telefone sobre os ataques em Nova York, os passageiros tentaram retomar o controle da aeronave e evitaram que os quatro sequestradores a bordo atingissem o objetivo.
A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, e a antecessora, Laura Bush, participam da solenidade.
O aniversário do 11/9 este ano foi marcado por uma perigosa polêmica religiosa, provocada por um pastor evangélico que pretendia atear fogo a exemplares do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, para homenagear a data.
Condenado por líderes do mundo todo, o reverendo Terry Jones decidiu por fim desistir dp projeto, mas a confusão perdura.
Além disso, persiste a discussão em torno do centro islâmico que deverá ser construído a dois quarteirões do Marco Zero, em Manhattan.
Em discurso solene no Pentágono, Obama tentou encerrar a controvérsia. "Nós não fomos atacados por uma religião naquele dia de setembro. Foi a Al-Qaeda, um grupo infeliz de homens que desfiguram a religião", destacou o presidente, que também pediu unidade aos americanos. "São tempos difíceis para nosso país. E frequentemente em momentos como este alguns tentam alimentar o ressentimento, para nos dividir apoiando-se em nossas diferenças, ocultando tudo o que temos em comum", disse Obama.