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Brasil manda PF para o México para identificação de vítimas do massacre

Brasília ; Nos próximos dias chegam ao México os policiais federais brasileiros que vão ajudar na identificação dos corpos das vítimas do massacre de 72 imigrantes ocorrido em 24 de agosto, na fronteira com os Estados Unidos. O cônsul-geral do Brasil no México, Márcio Araújo Lage, disse à Agência Brasil que a expectativa é que a presença dos policiais brasileiros acelere o processo de identificação.

;A expectativa é que com a chegada dos policiais federais o processo de identificação seja acelerado porque eles deverão trazer uma série de informações, que vão ajudar no trabalho, e que aqui não dispomos, como por exemplo, as impressões digitais;, disse Lage.

Apenas o corpo do brasileiro Juliard Aires Fernandes, de 20 anos, foi identificado. Porém, no local do crime, uma fazenda entre as cidades de Reynosa e San Fernando, em Tamaulipas, foram encontrados documentos de outro brasileiro. A carteira de identidade, o passaporte e o título de eleitor de Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos, estavam perto dos corpos das vítimas.

Dos 72 imigrantes assassinados, 18 corpos eram de hondurenhos e 11 de salvadorenhos. Havia ainda imigrantes da Guatemala e do Equador.

O equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, sobrevivente da chacina, foi quem alertou as autoridades mexicanas sobre o crime. Outros dois homens também escaparam do massacre - um hondurenho e outro salvadorenho.

Os corpos não identificados são submetidos a exames no Serviço Médico Forense. Os peritos brasileiros, assim como especialistas de outros países, também vão colaborar nos trabalhos de identificação.

O porta-voz da Presidência da República do México, Alejandro Poiré, anunciou a localização de sete suspeitos de envolvimento no crime ; sendo que três deles foram mortos. De acordo com Poiré, os suspeitos têm ligação com os cartéis de Los Zetas e El Golfo ; que atuam com narcotráfico e tráfico de pessoas.