O Hamas acusou nesta quarta-feira (8/9) a Autoridade Palestina de traição depois da prisão de militantes da organização islamita suspeitos de estarem envolvidos nos dois recentes ataques anti-israelenses na Cisjordânia.
"Trata-se de uma traição nacional e de colaboração direta com o inimigo", afirmou, em um comunicado, o porta-voz do grupo Hamas, Fawzi Barhum, que advertiu contra a entrega dos detidos a Israel.
Na terça, um dirigente da Autoridade Palestina que não quis ser identificado indicou à AFP que os serviços de segurança detiveram os membros de duas células do Hamas vinculadas aos dois ataques anti-israelenese na Cisjordânia.
O primeiro ataque, em 31 de agosto, custou a vida de quatro colonos perto de Hebron. O segundo, em 1; de setembro, deixou dois feridos ao leste de Ramallah.
Esses ataques, reivindicados pelo Hamas em pleno reinício das negociações diretas entre Israel e os palestinos em Washington, deixaram em posição difícil a Autoridade Palestina do presidente Mahmud Abbas, que os condenou como contrários aos interesses nacionais.