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Ministro paraguaio afirma que é preciso dar novo rumo ao ensino formal

Rio de Janeiro - A chefe de gabinete do ministro da Cultura do Paraguai, Rocio Ortega, defendeu hoje (6/9), no encerramento da primeira reunião da Diversidade Mercosul Cultural, no Rio de Janeiro, a necessidade de se dar um novo significado histórico ao ensino formal na região sul-americana. Segundo ela, o ensino atual tem forte influência europeia e deixa para trás as influências locais.

;Achamos que o bicentenário das nações é uma oportunidade excelente para fazer essa re-significação histórica;, avaliou Rocio. Isso significa, acrescentou, dar destaque à identidade dos povos sul-americanos. ;Uma outra identidade. E não essa que até há pouco tempo estava estruturando a ideia, o pensamento do latino-americano;.

Ela disse que o movimento político novo que se instalou na América Latina, sobretudo no Brasil, provocou uma sinergia que começou por colocar de novo em funcionamento o Mercosul. ;E forneceu o selo cultural do Mercosul.;

Antes do governo Lula, afirmou Rocio, ;a gente dizia Brasil e tinha duas imagens imediatas: o carnaval do Rio de Janeiro e o futebol. Agora, a gente diz Brasil e nos vêm à mente muitas imagens: do cangaceiro, da Amazônia, do Pantanal, do gaúcho, do sertanejo;. Essa diversificação do olhar do estrangeiro sobre o Brasil pôs de novo em andamento o Mercosul e também se projetou para o resto da América Latina, destacou ela.

Rocio lembrou que, no ano passado, quando esteve na presidência pró-tempore do Mercosul, o governo paraguaio defendeu leis de cultura iguais para os quatro países do bloco, numa primeira etapa, e depois para os países que integram o Mercosul Ampliado.