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Pelo menos 17 são mortos em novo atentado suicida no Paquistão

Pelo menos 17 pessoas morreram em um novo atentado suicida, contra um posto da polícia, no Paquistão, onde os ataques dos talibãs aliados da Al-Qaeda mataram 3.700 pessoas em três anos. "Um terrorista ao volante de um carro-bomba atacou o posto policial de Lakki Marwat" (província de Khyber Pakhtunkhwa), afirmou à AFP Gul Wali Khan, chefe de polícia do distrito.

O local do atentado fica perto de zonas tribais, que são redutos talibãs. O posto policial ficou totalmente destruído e vários oficiais estavam sob os escombros.

O registro do ataque foi confirmado pelo médico Ghulam Ali, um dos diretores do hospital que fica ao lado da unidade policial e que também foi atingido.

Mais de 3,7 mil pessoas morreram em pouco mais de três anos no país em quase 400 atentados, suicidas na maioria, executados principalmente pelo Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP) e outros grupos islamitas armados aliados.

Os insurgentes não aceitam a aliança do governo paquistanês com os Estados Unidos na "guerra contra o terrorismo" e atacam regularmente as forças de segurança e os edifícios oficiais, mas também, e cada vez mais, civis, particularmente os que pertencem a minorias religiosas, como os xiitas (20% da população do país).

O balanço do atentado de Lakki Marwat pode aumentar, já que 45 policiais estavam no posto, informou o agente Saleem Khan, que confirmou que o prédio foi completamente destruído.

"Além disso, uma parte do hospital ficou parcialmente destruída", afirmou Ghulam Ali.

O distrito de Lakki Marwat já havia sido cenário de ataques terroristas, entre eles um executado no dia 2 de janeiro, quando um suicida matou 99 pessoas ao lançar um carro-bomba contra os espectadores de um jogo de vôlei em Shah Hasan Khan.

A onda de atentados se intensificou na última semana, com seis ataques que deixaram 108 mortos.

Na sexta-feira, um homem-bomba detonou um cinturão de explosivos dentro de uma manifestação xiita em Quetta (sudoeste do país) e matou 59 pessoas.

Na quarta-feira, três homens-bomba mataram 31 pessoas em uma procissão xiita em Lahore, a grande cidade do leste do país.

As zonas tribais do noroeste do Paquistão, na fronteira com o Afeganistão, são o reduto do TTP e de outros grupos islamitas, assim como o principal refúgio no planeta de dirigentes da Al-Qaeda, que treina seus combatentes na região.