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Psicólogo afirma que mineiros chilenos estão bem após um mês presos

COPIAPO - Os 33 trabalhadores presos em uma mina do norte do Chile estão bem para um grupo que passou um mês preso, avaliou neste domingo Alberto Iturra, psicólogo que trabalha com as equipes de resgate.

"Os mineiros estão bastante bem após um um mês de isolamento. São pessoas muito corajosas, têm desenvolvido competências realmente admiráveis", disse Iturra em entrevista por telefone à AFP, no dia em que completa 30 dias o desabamento que deixou os trabalhadores presos a 700 metros de profundidade em uma mina do deserto do Atacama.

"Estão muito bem e estão vivendo cada uma das etapas que prevê a psicologia trabalhista", completou.

"A etapa pela qual estão passando atualmente é quando começam a consolidar-se os grupos e lideranças e os conflitos começam a aparecer", disse o psicólogo.

"Estes conflitos são os que surgem depois que as necessidades básicas estão satisfeitas", explicou.

"À medida que as necessidades básicas começam a ser satisfeitas, começam outras, coisas como por exemplo o prestígio social, mas isso é normal e está correto, não queremos ter pessoas adormecidas ou tolas", disse Iturra.

Os 33 mineiros - 32 chilenos e um boliviano - ficaram presos em 5 de agosto. Após 17 dias, as autoridades chilenas conseguiram estabelecer contato com eles, confirmar que estavam vivos e iniciar uma comunicação, assim como o envio de alimentos e outros produtos.