CHRISTCHURCH - Um temporal pode provocar novas destruições nas próximas horas na cidade neozelandesa de Christchurch, após o terremoto de sábado (4/9) e dos quase 30 tremores secundários voltaram a levar medo aos moradores.
O terremoto violento, de 7,0 graus de magnitude, o mais forte registrado no país nos últimos 80 anos, provocou muitos danos materiais em Christchurch, mas não provocou nenhuma vítima fatal.
Apesar da magnitude dos destroços, apenas duas pessoas ficaram gravemente feridas na cidade de 340.000 habitantes.
Os especialistas afirmaram que o cumprimento das normas de prevenção nas construções novas e nas reformas de imóveis antigos foi o que permitiu evitar muitas vítimas.
Após o tremor, os ventos de até 130 quilômetros por hora e as fortes chuvas previstas para segunda-feira podem causar novos danos em construções já abaladas.
Além disso, as chuvas devem provocar inundações.
Os tremores secundários em Christchurch e nas proximidades devem prosseguir por várias semanas, segundo a Defesa Civil.
O centro da cidade permanece fechado e as autoridades examinam a situação dos edifícios para decidir se devem ser abandonados ou não.
O governo declarou estado de emergência na cidade e decretou um toque de recolher das 19H00 às 7H00 no centro de Christchurch. Além disso, polícia e exército foram mobilizados para ajudar nas tarefas de emergêncie e para evitar possíveis saques.
O tremor de sábado, sentido na Ilha do Sul e na Ilha do Norte, foi o mais forte registrado na Nova Zelândia desde o terremoto de 1931 na Baía de Hawke, que matou 256 pessoas.
A Nova Zelândia fica no "anel de fogo" do Pacífico, no limite das placas tectônicas da Austrália e do Pacífico. O país registra quase 15.000 tremores anuais, a maioria de pouca magnitude.