O México enfrenta "uma guerra cada vez mais atroz" entre grupos do crime organizado, admitiu nesta quinta-feira (2/9) o presidente Felipe Calderón, em seu quarto informe anual sobre o governo, dizendo também que conseguiu capturar grandes chefões da droga.
A situação vivida pelo México "é de uma guerra sem cartel entre os grupos do crime organizado em sua disputa por territórios, mercados e rotas" assinalou Calderón em ato público no Palácio Nacional e no qual resumiu as linhas principais do informe que enviou nesta quarta-feira, por escrito, ao Congresso.
[SAIBAMAIS]Depois de admitir a preocupação da sociedade com a crescente violência do narcotráfico, que deixou mais de 28.000 mortos desde que assumiu o poder em 2006, Calderón atribuiu as ações cada vez mais violentas dos cartéis das drogas ao desespero pelos golpes recebidos, entre eles a captura de 125 chefões e lugar-tenentes.
"A captura ou morte de importantes líderes criminosos gerou nessas organizações criminosas maior desespero", afirmou.
"Esse processo de confronto debilita esses grupos, mas gera grande intranquilidade na sociedade", afirmou Calderón referindo-se a críticas a sua estratégia de mobilizar 50.000 militares para perseguir os cartéis.