Os insultos da imprensa iraniana contra Carla Bruni, a esposa do presidente francês Nicolas Sarkozy - apresentada como uma "prostituta" por um jornal -, são inaceitáveis, afirmou nesta terça-feira o mnistério francês das Relações Exteriores.
"Nós comunicamos às autoridades iranianas que os insultos proferidos pelo jornal Kayhan e repetidos pelos sites iranianos a respeito de inúmeras personalidades francesas, como a sra. Carla Bruni-Sarkozy, foram inaceitáveis", indicou o porta-voz do ministério, Bernard Valero.
O site do grupo de notícias governamental do Irã denunciou na segunda-feira a ;imoralidade; de Carla Bruni, que expressou seu apoio à iraniana condenada à morte por apedrejamento sob acusação de adultério e assassinato.
[SAIBAMAIS]Ao comentar um artigo do jornal conservador Kayhan onde Carla Bruni é classificada de prostituta, o site www.inn.ir considera que "os meios de comunicação ocidentais, ao detalhar os inúmeros antecedentes de imoralidade, confirmaram implicitamente que Bruni merece esse título".
O Kayhan havia denunciado no sábado o apoio de Carla Bruni a Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada ao apedrejamento por adultério e participação no assassinato do marido, em um artigo intitulado: "As prostitutas francesas participam no tumulto sobre os direitos humanos".
O artigo classifica Carla Bruni "de atriz e cantora depravada, que desfez a família de Sarkozy e se casou com o presidente francês".
Denuncia igualmente a intervenção da "atriz corrompida (Isabelle) Adjani" no caso. "Os antecedentes (de Carla Bruni) mostram claramente por que esta mulher aoia uma mulher condenada por cometer adultérios e ser cúmplice do assassnato de seu marido", afirma o site www.inn.ir.
Bruni-Sarkozy afirmou em 23 de agosto, em uma carta aberta, que a "França não abandonará Mohammadi-Ashtiani.
O Irã anunciou no início de julho a suspensão da sentença de apedrejamento e a revisão do caso.