A família do equatoriano Luis Freddy Lala Pomavilla, único sobrevivente da matança no México de 72 imigrantes latino-americanos, está sob proteção das autoridades que investigam, no Equador supostas ameaças, informou nesta sexta-feira (27/8) à AFP o sargento Rodrigo Cabrera, chefe do comando policial de Ducur.
Angelita, a mulher de Lala Pomavilla, foi escoltada por policiais até a cidade de Ducur, a 18km de Ger, uma aldeia de indígenas e camponeses da província de Cañar (sul) de onde vem o equatoriano, que fingiu ter morrido no ataque, durante o qual foi baleado no rosto.
O grupo de 72 estrangeiros, ao que parece todos imigrantes latino-americanos - 31 deles confirmados - foram assassinados no estado de Tamaulipas, no nordeste do México, por se negar a colaborar com o narcotráfico, segundo o equatoriano que escapou do massacre.
A mulher, de 17 anos, grávida de quatro meses, que concedeu várias entrevistas divulgadas pela imprensa, será levada por segurança à casa de uma tia de Lala Pomavilla em outra comunidade, onde terá proteção policial, explicou Cabrera.
Outros agentes foram enviados a Ger, para onde também foram funcionários da procuradoria para ouvir os irmãos de Lala Pomavilla que, segundo vizinhos, teriam recebido ameaças da parte de traficantes de pessoas, contatados por ele para ser levado aos Estados Unidos.