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Carter deixa a Coreia do Norte com compromisso nuclear e americano liberado

O ex-presidente americano Jimmy Carter deixou nesta sexta-feira (27/8) a Coreia do Norte, depois de obter a libertação de um compatriota preso e conseguir do regime comunista uma mensagem que manifesta disposição de retomar as negociações sobre o desarmamento nuclear.

O Prêmio Nobel da Paz, de 86 anos, saiu do país com Aijalon Mahli Gomes, um americano que estava detido por ter entrado ilegalmente na Coreia do Norte a partir da China em janeiro.

"A pedido do presidente Carter, e por razões humanitárias, Gomes recebeu o indulto do dirigente norte-coreano Kim Jong-Il", afirma um comunicado do Centro Carter.

Gomes, de 30 anos e ex-professor de inglês na Coreia do Sul, foi detido em janeiro e condenado em abril a oito anos de trabalhos forlados, assim como a uma multa de 600.000 dólares.

O Departamento de Estado saudou a libertação, mas deixou claro que o governo não teve nenhum papel oficial na missão de Carter.

"Apreciamos o esforço humanitário do ex-presidente Carter e saudamos a decisão da Coreia do Norte de conceder una anistia especial ao senhor Gomes e permitir seu retorno aos Estados Unidos", destacou o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, em um comunicado.

Além da missão humanitária, a agência oficial norte-coreana KCNA anunciou que Pyongyang transmitiu a Carter a vontade de retomar as conversações multilaterais sobre o fim de seu programa nuclear militar, bloqueadas desde abril de 2009.

O número dois do regime comunista, Kim Yong-Nam, expressou a Carter o desejo de um "reinício das negociações" entre as duas Coreias, Estados Unidos, Rússia, Japão e China, e do fim dos programas nucleares na península coreana, destacou a KCNA.