Um comitê das Nações Unidas convocou nove países, nesta sexta-feira, a ratificarem o Tratado de Completa Proibição de Testes Nucleares (TPCEN) e, desta forma, permitir sua entrada em vigor.
"É hora de os nove países, cuja ratificação permitirá fazer entrar em vigor o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares mostrarem vontade política adotando-o", declarou o chefe do comitê preparatório da organização do TPCEN, Tibor Toth.
O Tratado, que proíbe explosões nucleares com fins civis ou militares, foi concluído em 1996. Desde então, foi assinado por 182 países, entre eles as cinco principais potências nucleares, e foi ratificado por 153 deles.
No entanto, ainda não entrou em vigor porque só foi ratificado por 35 dos 44 países que devem fazê-lo para que se torne efetivo.
Entre os nove Estados cuja ratificação é crucial, Coreia do Norte, Índia e Paquistão não assinaram o tratado. Os três fizeram testes nucleares depois de 1996.
Os outros seis países (China, Egito, Estados Unidos, Indonésia, Irã e Israel) assinaram o texto, mas não o ratificaram.
O presidente americano, Barack Obama, disse que Washington está disposto a ratificar o TPCEN. Mas quer, antes, que o Senado examine o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START).
Em 29 de agosto do ano passado foi declarado o Dia Internacional contra Testes Nucleares pela Assembleia Geral da ONU. A data foi escolhida em alusão a 29 de agosto de 1949, quando a União Soviética imitou os Estados Unidos e fez seu primeiro teste atômico, lançando a corrida armamentista nuclear.
O local onde ocorreu a explosão, em Semipalatinsk, atual Cazaquistão, foi fechado simbolicamente em 29 de agosto de 1991 pelo presidente cazaque, Nursultan Nazarbaiev. No total, 450 bombas foram testadas ali entre 1949 e 1991.