Um engarrafamento monstro de caminhões de mais de 100km na entrada de Pequim reduziu de repente, após as mídias chinesa e estrangeira terem amplamente divulgado o caso, estimando que poderia durar até meados de setembro.
Uma longa fila de caminhões começou a se formar em 14 de agosto por causa de obras na autoestrada Pequim-Tibete. Ambulantes vendiam comida e água a preços altíssimos ao longo do congestionamento.
Mas uma equipe de jornalistas da AFP que partiu nesta quarta-feira (25/8) à procura do engarrafamento percorreu a rodovia por 260km até o interior da Mongólia sem encontrar qualquer obstáculo, apenas a lentidão costumeira perto dos pedágios.
"A situação melhorou muito recentemente. Não sei dizer o porquê", declarou, perplexo, um empregado de um posto de gasolina do distrito de Huailai, na metade do caminho entre a capital e o distrito de Xinghe, no interior da Mongólia.
Os funcionários do escritório dos transportes de Pequim não estavam acessíveis para explicar o sumiço repentino do congestionamento.
O tráfego que já vinha ficando lento há alguns anos nesta direção que leva também para um dos pontos mais visitados da Grande Muralha da China, Badaling, piorou em junho e julho, congelando de vez em meados de agosto.
O bloqueio da autoestrada forçou os guias turísticos que levavam turistas para visitar a Muralha a procurar outras soluções.
O total de emplacamentos em Pequim, estimado em quatro milhões de veículos, foi ultrapassado no fim do ano passado e, até o fim de 2010, esse número deve chegar a cinco milhões.
O chefe do centro de pesquisas sobre transportes em Pequim, Guo Jifu, alertou nesta semana que a velocidade média de circulação poderia cair para 15km/h se medidas não fossem tomadas para limitar o número de automóveis na megalópole de 20 milhões de habitantes.