O vice-presidente da Colômbia, Angelino Garzón, condicionou hoje (23/8) as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército da Libertação Nacional (ELN) a pelo menos três fatores. Segundo ele, é fundamental que os guerrilheiros sinalizem disposição de buscar a paz, libertem todos os sequestrados e suspendam atentados com minas terrestres.
;Que sejam capazes (os guerrilheiros) de dizer à população: a violência não faz sentido, essa violência não vai além;, recomendou Garzón. ;Se eles disserem, tal como disse o presidente Juan Manuel Santos, ganhariam do senhor presidente da República toda a boa vontade e generosidade para construir caminhos de paz e fazer avançar na Colômbia os processos de perdão e reconciliação;, afirmou.
As informações são da Presidência da República da Colômbia. O combate às Farc e ao ELN é o principal objetivo do governo Santos, que sucedeu o ex-presidente Alvaro Uribe de quem foi ministro da Defesa. Há sinalizações das Farc de que querem negociar por meio da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Porém, não houve manifestação alguma por parte do governo sobre essa possibilidade.
Depois de 11 dias da cirurgia cardíaca a que foi submetido, Garzón retoma a partir de hoje lentamente as atividades políticas. O vice-presidente se reuniu hoje com o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e agradeceu o apoio do governo e da sociedade para o restabelecimento. Garzón foi operado dois dias após assumir o cargo no governo Santos.
Garzón disse que nos próximos dias voltará a trabalhar no gabinete da vice-presidência, no Palácio de Governo. ;Eu acertei com o presidente da República, após consulta com a equipe médica, que vou desenvolver atividades de média intensidade, nos próximos 15 a 20 dias;.