BAGDÁ - As autoridades iraquianas reconheceram pela primeira vez, este domingo, que o autor do sequestro e assassinato, em 2004, de Margaret Hassan, uma trabalhadora social britânica, fugiu há cerca de um ano da tristemente conhecida prisão de Abu Ghraib, durante uma rebelião de presos.
O ministério britânico das Relações Exteriores reagiu, em comunicado, declarando-se "muito inquieto" com o anúncio, e exigindo que "se cumpra a Justiça neste terrível crime cometido contra uma pessoa que dedicou toda a sua vida a ajudar os iraquianos".
Ali Lutfi Khasar al Raui, engenheiro de 26 anos, condenado à prisão perpétua em 2 de junho de 2009 pela morte de Margaret Hassan, nunca se apresentou à Corte Criminal de Bagdá, desde que teve início seu julgamento em apelação, em abril de 2010.
Esta é a primeira confirmação oficial da fuga de Ali, após as insistentes reivindicações dos advogados da família da falecida.
Margaret Hassan, de 59 anos, foi sequestrada em 19 de outubro de 2004 e morta um mês depois. Casada com um iraquiano, ela morava há 30 anos no país e era responsável pela organização de caridade internacional CARE no Iraque.
Seu corpo nunca foi encontrado.