Centenas de defensores e oponentes aos planos de construir uma mesquita no epicentro dos ataques de 11 de setembro de 2001 realizaram manifestações pacíficas neste domingo nas proximidades do chamado Marco Zero.
Os manifestantes contra e a favor, distanciados uns dois outros a apenas 100 metros, se reuniram sob uma fina chuva no meio da manhã, sem ocorrência de distúrbios entre os dois lados.
"Não deixem o Islã sair vitorioso com uma mesquita", dizia uma faixa estendida a dois quarteirões do Marco Zero.
"Poderão construir uma mesquita no ;Marco Zero; quando pudermos erguer uma sinagoga em Meca", dizia um cartaz.
O advogado Joe O;Shay, que usava uma camiseta com um slogan contra a mesquita, explicou o porquê de sua posição: "sou nova-iorquino e perdi um sobrinho aqui".
Do outro lado, uma pequena multidão do mesmo tamanho pedia tolerância, com cartazes defendendo a liberdade de religião e aceitação de todas as fés.
Seus cartazes diziam "Abaixo o egoísmo religioso" e "Não à islamofobia".
Os protestos de rua deixaram em descoberto o debate aberto em nível nacional e que expôs com crueza as posições dos Estados Unidos com relação ao Islã, a nove anos do ataque realizado por militantes da rede terrorista Al Qaeda contra o World Trade Center, que matou três mil pessoas.
Uma consulta CNN/Opinion Research, divulgada recentemente, revelou que 68% dos americanos são contrários à construção da mesquita e 29% se dizem favoráveis.
Em maio, o conselho municipal de Nova York aprovou a construção do templo muçulmano, perto do local da tragédia e o presidente americano, Barak Obama, manifestou seu apoio à polêmica iniciativa no começo de agosto.