Seis pessoas foram presas, na China, e 41 postas em prisão preventiva por suspeita de terem distribuído leite em pó contaminado com melamina, a mesma substância que provocou a morte de seis bebês em 2008 e que criou um enorme escândalo no país, noticiou a imprensa estatal este sábado (21/8).
Três das seis pessoas presas são funcionários de uma fábrica da província de Qinghai, no noroeste da China, de onde proviria o leite contaminado e apreendido no começo de julho na província vizinha de Gansu, noticiou a agência Nova China.
Os outros três são suspeitos de ter escondido produtos lácteos contaminados que deveriam ter sido destruídos após o escândalo de 2008 e que foram vendidos à fábrica de Qinghai, acrescentou a Nova China, citando autoridades de segurança alimentar.
A polícia chinesa continuava investigando, este sábado, o eventual envolvimento no caso de 41 pessoas postas em prisão preventiva, acrescentou a agência de notícias oficial.
A melamina é uma substância química tóxica utilizada na indústria como cola, resina ou adubo, e que simula um aporte de proteínas, permitindo às indústrias adicionar água ao leite.
Em 2008, foi encontrada melamina nos produtos de 22 empresas lácteas chinesas. Seis bebês morreram após consumir leite adulterado e outros 300.000 foram afetados, alguns desenvolvendo sérias complicações renais, por causa da ingestão de melamina.
O escândalo gerou uma paranoia na China e provocou a retirada maciça no país e no exterior de todos os produtos lácteos chineses.
No caso, revelado em setembro de 2008, logo após os Jogos Olímpicos de Pequim, 21 pessoas foram julgadas. Duas foram condenadas à morte e executadas.
O governo chinês assegurou em várias oportunidades que todos os lotes contaminados foram confiscados e destruídos, mas no fim de 2009, apareceram em algumas províncias chinesas lotes que deveriam ter sido eliminados um ano antes.