A Organização para a Libertação da Palestina aceita o convite dos Estados Unidos para retomar as negociações diretas de paz com Israel no início de setembro, em Washington, informou hoje (20/8) Yaser Abed Rabbo, membro da OLP.
"O Comitê Executivo da OLP (CEOLP) anuncia que aceita a retomada das negociações diretas com Israel, conforme o comunicado do Quarteto para o Oriente Médio e o convite da secretária americana de Estado", Hillary Clinton, disse o responsável após uma reunião da direção palestina em Ramallah (Cisjordânia).
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, havia indicado mais cedo que acolhia favoravelmente o convite dos Estados Unidos.
Segundo Rabbo, a OLP "aceitou o convite para retomar as negociações diretas visando solucionar todos os pontos em suspenso do estatuto final dos territórios palestinos", como Jerusalém, as fronteiras do futuro Estado palestino e o direito dos refugiados (palestinos) a regressar.
O convite de Hillary Clinton prevê uma reunião entre israelenses e palestinos em 2 de setembro, em Washington.
O CEOLP destaca que tomou a decisão baseado no comunicado do Quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, Rússia, União Europeia e ONU) que garante a manutenção das posições sobre a colonização israelense nos territórios palestinos.
O Quarteto "reafirmou a validade das precedentes declarações, entre elas a de Trieste (junho de 2009) e a de Nova Iorque (setembro de 2009), assim como a de Moscou (março de 2010), segundo as quais as negociações bilaterais diretas sobre todos os pontos pendentes envolvendo o estatuto devem ;conduzir a uma solução negociada entre as partes que acabe com a ocupação desde 1967 e leve à criação de um Estado palestino independente, democrático e viável, que viva em paz e em segurança ao lado de Israel e dos outros vizinhos;".
Hillary Clinton anunciou hoje que Israel e os palestinos retomarão as conversações diretas de paz em Washington a partir de 2 de setembro, na presença do presidente egípcio, Hosni Mubarak, e do rei Abdullah II da Jordânia, para obter um acordo no prazo de um ano.
O Quarteto para o Oriente Médio também aposta na conclusão das negociações antes de 12 meses.