Um juiz federal mexicano, encarregado do caso de um ex-candidato a governador acusado de narcotráfico, sobreviveu a um atentado no estado de Nayarit (noroeste), no qual morreu um dos seguranças que o acompanhavam, informou hoje (20/8) a Procuradoria.
Carlos Elorza, juiz federal destacado no município de Jalisco, em Nayarit, foi atacado na noite de ontem, quando viajava com dois seguranças em um carro, que foi alvo de "disparos de arma de fogo e de uma granada de fragmentação que não detonou", informou a Procuradoria em um comunicado à imprensa.
Elorza está a cargo de casos ligados ao tráfico de drogas, entre eles o de Gregorio Sánchez, político esquerdista, ex-prefeito do balneário de Cancún (leste) e que, em maio passado, quando era candidato a governador de Quintana Roo (leste), foi acusado de proteger e lavar dinheiro do crime organizado, acrescentou a fonte.
Um dos seguranças morreu atingido por pelo menos 12 tiros, enquanto o juiz sofreu ferimentos leves, assim como o outro segurança, acrescentou a procuradoria. Os agressores, que estavam em outro veículo, fugiram.
Ontem, o presidente mexicano, Felipe Calderón, se disse favorável a discutir a criação da figura dos "juízes anônimos", não contemplada pelas leis mexicanas, e de reforçar mecanismos de proteção para testemunhas e denunciantes do crime organizado para garantir a integridade física.