A defesa da adolescente brasileira, de 14 anos, condenada em primeira instância por ter mantido relações sexuais com um homem fora do casamento nos Emirados Árabes Unidos, apresentou uma apelação à Justiça do país. A adolescente está livre e aguarda a sentença final do juiz responsável pelo processo.
Os advogados argumentaram que a brasileira não poderia ter sido julgada, de acordo com a sharia (lei islâmica) porque não é muçulmana. A adolescente é filha de mãe brasileira e o padrasto é alemão.
As informações são de diplomatas que acompanham o processo nos Emirados Árabes. A brasileira foi condenada a seis meses de prisão seguida de deportação. O caso veio à tona depois de uma denúncia feita por uma funcionária que trabalhava na casa da adolescente.
A brasileira, inicialmente, acusou um paquistanês, de 28 anos, de tê-la forçado a manter relações sexuais. Mas depois as investigações concluíram que os dois mantinham um relacionamento. Pela sharia, o sexo fora do casamento não é permitido.
O Itamaraty e a Embaixada do Brasil preservam a identidade da adolescente e os detalhes do processo para evitar o agravamento da sentença e de prejuízos nos trâmites legais do caso. De acordo com diplomatas, a ideia é garantir que a adolescente aguarde em liberdade até o fim do processo.