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Afeganistão é país mais exposto ao risco de insegurança alimentar

O Afeganistão é o país com o maior risco de insegurança alimentar do mundo, seguido por nove países africanos, como a República Democrática do Congo (RDC) e o Zimbábue, segundo estudo que compara informações de 163 países, publicado nesta quinta-feira.

O índice 2010 de risco de insegurança alimentar foi calculado pela empresa britânica Maplecroft, especializada na análise de riscos, com base em 12 critérios estabelecidos em colaboração com o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA).

Os critérios incluem, entre outros, o PIB per capita, o risco de desastres climáticos, os conflitos e a qualidade da infraestrutura.

Dez países figuram na lista de risco "extremo", liderada pelo Afeganistão e integrada por RDC, Burundi, Eritreia, Sudão, Etiópia, Angola, Libéria, Chade e Zimbábue.

Entre os países onde o risco de insegurança alimentar é considerado "forte" figuram três da América Latina (Guatemala, Bolívia e Haiti), ao lado de países como Bangladesh, Paquistão, Índia e Filipinas. Dos 50 países onde o risco é maior, 36 ficam na África Subsaariana.

A grande maioria dos países latinoamericanos aparece na categoria de risco "médio", onde também estão China, Rússia, África do Sul e Portugal.

No subcontinente, apenas Argentina, Cuba e Uruguai apresentam risco "baixo" de insegurança alimentar, segundo a Maplecroft.

Na outra ponta da lista, a Finlândia é apontada como país mais seguro, seguida por Suécia, Dinamarca e Noruega.

A empresa britânica destaca o fato de que "os recentes eventos climáticos extremos no Paquistão e na Rússia devem modificar a segurança alimentar no próximo ano".

Em 2009, o índice Maplecroft situou Angola à frente dos países com mais risco, seguido por Haiti, Moçambique, Burundi, RDC, Eritreia, Iêmen, Zimbábue e Ruanda. O Afeganistão não figurava na lista, já que a Maplecroft alegava não ter dados suficientes.