O presidente do Chile, Sebastián Piñera, ordenou hoje (17/8) pessoalmente a intensificação das operações de regaste dos 33 trabalhadores soterrados em uma mina, em San José. Há 12 dias, os mineiros estão sob os escombros. As dificuldades de acesso ao terreno e à área muito acidentada complicam as ações dos bombeiros, profissionais de saúde e engenheiros. Pela terceira vez, Piñera foi ao local e tentou acalmar os parentes das vítimas.
;Vamos seguir trabalhando, como temos feito, e realizando o que é humanamente possível e não temos economizado esforços para isso;, afirmou Piñera. As informações são da Presidência da República do Chile. ;Estamos trabalhando em muitas frentes: há sete sondas sendo colocadas. O objetivo é prover a alimentação, a hidratação e a comunicação.;
O presidente lembrou ainda que paralelamente há o planejamento para, por meio de um túnel, instalar uma rampa para chegar até o local estão presos os trabalhadores. Segundo ele, há apoio técnico enviado pelos Estados Unidos. Também afirmou que há um trabalho de investigação em curso para apurar as responsabilidades pelo acidente.
Dirigindo-se aos parentes, que estão no local da mina à espera de notícias das vítimas, Piñera disse que dará total apoio a eles. ;Quero dar a vocês, parentes dos trabalhadores da Empresa San Esteban (responsável pela mina de San José), que estão angustiados, a minha palavra que não vamos deixá-los sozinhos e vamos acompanhá-los neste difícil momento que passam;.
O acidente ocorreu em 5 de agosto. As causas que provocaram o desabamento de terra ainda não foram reveladas. Os 33 mineiros se encontram há cerca de 700m de profundidade. Equipes de psicólogos e terapeutas voluntários estão de plantão acompanhando os parentes dos trabalhadores, que permanecem presos sob os escombros.
O insucesso nas operações de resgate e as críticas de falta de segurança para os mineiros levaram Piñera a tentar reestruturar a área de mineração do país. O presidente substituiu os principais assessores do setor. Em 11 de agosto, deixaram os cargos o diretor nacional do Serviço Nacional de Geologia e Mineração, Alejandro Vio, e os diretores regionais Exequiel Yanes e Rodolfo Díaz.