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Primeira-ministra da Austrália favorável a transformar o país em república

A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, é favorável a transformar o país em uma república com uma reforma que, segundo ela, poderia acontecer após a morte da rainha Elizabeth II, chefa de Estado da Austrália.

A morte da rainha seria o momento "apropriado" para que a Austrália se separasse da tutela, destacou Gillard, a poucos dias das eleições legislativas que prometem ter resultado apertado.

"Acredito que este país deveria ser uma república", declarou a trabalhista Gillard, a primeira mulher a governar a Austrália, antes de explicar não duvidar que o país sente "um grande afeto pela rainha Elizabeth" e que espera que a monarca "viva por muito tempo".

"Como primeira-ministra, gostaria que trabalhássemos para chegar a um acordo sobre o modelo de república", completou.

Apesar da Austrália ser independiente desde 1901, a rainha Elizabeth II continua sendo a chefa de Estado e o rosto está estampado na moeda nacional. Os australianos se pronunciaram contra a transformação do país em república em um referendo em 1999 e o debate continua dividindo o país.

Os australianos comparecerão às urnas no sábado para renovar o Parlamento, em eleições nas quais o partido de Gillard aparece com vantagem de quatro pontos sobre os principais rivais nas últimas pesquisas.

A primeira-ministra foi eleita em junho para suceder Kevin Rudd - cuja popularidade desabou após uma série de reveses políticos - e tentará no sábado evitar uma derrota menos de três anos depois do retorno ao poder dos trabalhistas.