As autoridades russas afirmaram que conseguiram reduzir o tamanho dos incêndios nas áreas próximas à principal central nuclear do país, enquanto os ventos levaram a fumaça de volta a Moscou.
Em meio à pior onda de calor da história do país, a Rússia lutou durante vários dias para apagar as centenas de incêndios do país, incluindo um em uma reserva natural perto da principal central de pesquisa nuclear russa, em Sarov, uma cidade fechada aos estrangeiros, como ocorria no período soviético.
O centro nuclear fica em uma floresta, no meio das regiões de Nizni Novgorod e Mordovia, onde o número de incêndios foi reduzido, segundo o ministério de Situações de Emergência.
A área afetada pelas chamas na região de Nizni Novgorod foi reduzida consideravelmente em 24 horas, segundo o escritório regional do ministério.
Mas dois focos de incêndios permanecem ativos em Popovka e Pushta, que ficam dentro da reserva natural.
As chamas em Popovka cobrem 1 mil hectares, mas as autoridades conseguiram controlar a expansão, assim como em Pushta, onde as chamas afetam 200 hectares.
O diretor da agência nuclear russa Rosatom, Sergei Kirienko, informou ter inspecionado a área ao redor de Sarov pessoalmente e que não existe risco de explosões nucleares ou outras ameaças ambientais.
De acordo com Kirienko, a situação está sob controle, mas a ameaça será eliminada por completo apenas quando o fogo for extinto na reserva de Mordovia, o que segundo ele ocorrerá no período de chuvas prolongadas.
Segundo o ministério de Situações de Emergência, 498 incêndios continuavam ativos na Rússia neste domingo, cobrindo uma superfície de 53,5 mil hectares. A área afetada chegou a 200 mil hectares no momento mais crítico. Até o momento, as chamas mataram 54 pessoas.
As autoridades também conseguiram reduzir a área de incêndios ao redor de Moscou, mas o cheiro de queimado retornou à capital em consequência dos ventos, que também provocaram o retorno da nuvem de fumaça tóxica a partir das regiões vizinhas de Riazan e Vladimir.
O nível de monóxido de carbono em Moscou era 1,3 vez superior ao limite, segundo o Mosekomonitoring, organismo que monitora a poluição do ar.
Ao mesmo tempo, a meteorologia anunciou acreditar que o pior da onda de calor pode ter passado.