Os países do Mercosul rejeitaram o bloqueio econômico, comercial e financeiro promovido pelos Estados Unidos a Cuba e exigiram fim imediato, em um comunicado divulgado hoje (3/8) no fim da cúpula do bloco sul-americano na cidade argentina de San Juan.
Os países "expressaram rejeição ao bloqueio econômico, comercial e financeiro ao qual se encontra submetida a República de Cuba, com a convicção de que se trata de uma medida contrária aos princípios da Carta das Nações Unidas e que contravém os princípios do direito internacional".
Além disso, "reiteraram o chamado ao fim imediato, assim como a deixar sem efeito todas as leis e disposições contrárias ao direito internacional que afetem ou impeçam o livre comércio e a livre navegação".
Em outro ponto, o documento destaca a necessidade de respeitar o direito dos imigrantes e condenaram a lei aprovada em abril passado no Arizona.
Pediram para "assegurar o respeito e a promoção dos Direitos Humanos dos imigrantes e das famílias, independentemente da condição migratória, nacionalidade, origem étnica, gênero, idade ou qualquer outra consideração discriminatória", afirma o texto.
"Em particular, condenaram a Lei SB 1070, de 23 de abril de 2010, do Estado do Arizona, Estados Unidos, que tipifica como crime tanto a condição migratória irregular, como transportar ou dar emprego a imigrantes ilegais", segundo o documento.
Por outro lado, os membros e associados ao Mercosul instaram a articular esse bloco com a Comunidade Andina e a Unasul, para uma plena integração da região.
Os sócios fundadores do Mercosul são Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, enquanto que Venezuela está em processo de adesão e Bolívia e Chile têm estatuto de associados.