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Chávez suspende viagem a Cuba por temor de 'agressão' da Colômbia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou a suspensão de uma viagem a Cuba, prevista para este domingo, afirmando contar com "informação de inteligência" que sugere que há riscos de uma "agressão" ao seu país por parte da Colômbia.

"Decidi suspender a viagem que faria hoje a Cuba", disse Chávez, durante ato político.

Segundo o chefe de Estado, "informação de inteligência" que seu governo avaliou permite estabelecer que "a possibilidade de uma agressão armada contra o território venezuelano" a partir da Colômbia "tem uma probabilidade como nunca teve em todos estes anos".

A Venezuela rompeu relações com a Colômbia na quinta-feira passada, horas depois de Bogotá denunciar à Organização de Estados Americanos (OEA) a presença "ativa" de 1.500 guerrilheiros colombianos em território venezuelano.

Em resposta a esta denúncia da Colômbia, Chávez descartou a possibilidade de que o seu governo permitisse que forças rebeldes estrangeiras se abrigassem em seu território.

"Nós repudiamos, temos repudiado e repudiaremos sempre a possibilidade de que uma força guerrilheira estrangeira ou paramilitar estrangeira ou militar estrangeira se instale no menor milínimetro quadrado do nosso território soberano", disse Chávez no ato político.

Chávez determinou, na quinta-feira passada, que as Forças Armadas do seu país estivessem em "alerta máximo" na região de fronteira com a Colômbia para prevenir um eventual ataque.

O presidente venezuelano tinha previsto viajar este domingo a Cuba para participar, na segunda-feira, de um ato comemorativo pelo início da Revolução Cubana, marcada pela invasão frustrada ao quartel Moncada, em 1953, por um grupo guerrilheiro liderado por Fidel Castro.